O preço de uma cruz


Dimas Márcio Oliveira Trindade

"Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?" (Lucas 14: 26-28)

Para seguir ao Nosso Senhor há um preço. Talvez, do ponto de vista humano, seja um preço elevado. Mas pensemos que debaixo do sol as coisas costumam ter seus preços, que são, literalmente, o seu valor. O valor, neste caso, de ser um seguidor do Filho de Deus seria toda uma vida e além disso os bens terrenos que são abandonados. Ora, quantos homens não sacrificam sua paz, sua saúde, seus dias, sua vida por bens materiais? Não seria óbvio que um deus valeria muito mais que todos os bens perecíveis e inconstantes com os quais os homens se iludem? Logo, o sacrifício que Cristo propõe é infinitamente justo e lucrativo para qualquer criatura. Todo receio em largar tudo pela cruz não passa de insensatez humana. O que são trinta moedas de prata diante da eternidade? Essas trinta moedas não satisfazem a existência humana; muito pelo contrário, ou frustam-na, quando acabam, ou inquietam-na, quando podem ser multiplicadas — e tornando-se cem, continuam nessa viciosa condição. Na verdade, a prata e o ouro têm o mesmo valor que a areia.

É necessário dispor-nos a pagar o justíssimo preço da cruz. Afinal os tesouros do Céu, ao contrário dos da terra, não são consumidos pela traça e nem furtados pelo ladrão. Esses preciosíssimos bens só estão ao alcance de quem paga por eles.

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